26 de set. de 2011

Tem culpa eu???

Olá!

Como foi o final de semana de vocês? O meu foi aquele "pega pra capar". Maridão não veio pra casa esse final de semana, então o bicho pega literalmente...rs.

Desde que me tornei mãe, sempre acho que poderia ser uma mãe melhor para os meus filhos. Me sinto culpada por ter que deixar o Cauê com a minha mãe no domingo a noite e só vê-lo no final da semana (isso é porque ele estuda a tarde e não encontrei perua da minha casa pra escola, então ele tem que ficar com a minha mãe, pois a escola é perto da casa dela), culpada por não poder acompanhar de perto o dia-a dia escolar dele, culpada por ele querer entrar na escolinha de futebol, no inglês, na natação e por não poder contar com a minha mãe para essas tarefas extras curriculares (já falei sobre isso em um post anterior, pois minha avó tem Alzheimer e minha mãe tem que dedicar seu tempo a ela integralmente). Se você não leu ainda, pode ler na íntegra aqui, culpada por não ter tempo de cuidar mais dele, dar mais atenção, corujar mesmo.

E se não bastasse, também me sinto assim com a Clara. Me sinto culpada por não ficar com ela em tempo integral, por não ter outra opção e ter de deixar ela na escola, mesmo quando ela não está muito bem, atrasar as vacinas dela, pois o posto de saúde só atende depois das 9:00/9:30h e não posso chegar tarde ao trabalho sempre, me sinto culpada por às vezes ver nos olhinhos dela, que ela queria ficar comigo e mesmo assim, eu tenho que fingir que não estou vendo, pois preciso trabalhar.

Mãe que trabalha fora é assim: a gente se culpa o tempo inteiro e fica tentando de uma certa forma, recompensar essa ausência necessária. Queria poder abrir mão do trabalho para ficar com eles, para cuidar da minha casa como deveria, para fazer as coisas que eu gosto, para cuidar de mim. Mas por outro lado, me bate aquela perguntinha, se eu realmente conseguiria fazer tudo isso, estando em casa em tempo integral. Duvida cruel. Tem horas que minha vontade é jogar tudo por alto e apostar na profissão Mãe em Tempo Integral, mas por outro lado, com certeza, sentiria falta da minha rotina louca, mas ao mesmo tempo prazerosa que é o meu trabalho.

E o que a mamãe aqui faz pra compensar essa ausência? Permito. Permito um monte de coisas e sei que depois, quem vai sofrer são os meus filhotes e eu também. O Cauê está naquela fase "pré aborrecente", aquela que aborrece mesmo. Um mix de tudo que incomoda qualquer mãe: teimosia, preguiça, desorganização, não quer estudar, arruma desculpa pra tudo. Já a Clarinha, no auge dos seus 8 meses (quase 9), agora deu pra ficar dando chilique. Vocês devem estar se perguntando: Até parece que uma menina de 8 meses dá chilique... mas dá! E como dá! Minha mãe foi testemunha. A "mini garotinha" chora, grita tão alto que chega a doer os ouvidos da gente, fica vermelha, joga o corpo para trás e tudo porque ela é contrariada, é mole? E eu vejo a cena e fico imaginando onde ela aprendeu isso. Será que foi no berçário vendo outros bebês? Porque comigo que não foi. E o que fazer em uma situação dessas???

Repreendi. Falei com um tom de autoridade e ela parou na hora e ficou me olhando seriamente. Será que ela entendeu o meu recado? Possivelmente sim. Os bebês são inteligentes, perspicazes demais . E o Cauê, está proibido de fazer as coisas que gosta (jogar futebol, video game e computador), até segunda ordem. Ele vai ter que se esforçar muito, para ter de volta o que perdeu.

Eu vou mudar. Vou parar de me culpar por ter que trabalhar, por ficar pouco tempo com os meus filhos e vou aproveitar pra tentar ser a melhor mãe que posso ser, nos momentos  que estivermos juntos. Simples assim. Assim quem sabe, conseguirei conciliar tudo o que eu quero, fazendo todo mundo feliz, inclusive a mim!


Boa semana e até a próxima!

 

Um comentário:

Unknown disse...

Eu sei que dão chiliques rss...

Obrigada pela visita.

Beijos

Flavi